Dizem que só depois da quarta-feira
de cinzas é que inicia realmente o ano no Brasil. Então nesse clima
pós-carnaval, nada mais apropriado do que falar sobre cobranças. A princípio
podemos pensar naquelas mais fáceis de identificar. Aquela obrigação que algum
familiar, amigo ou até mesmo um simples conhecido te aponta na maior
naturalidade. “Como não pagou as contas?”; “Está na hora de arrumar emprego”;
“Ainda não fez a matrícula naquele curso/academia e etc’’; “ E o
namorado(a)/noivo(a)/esposo(a)?”; “ Pretende ter filhos quando?”. Essas são
algumas falas que me lembro quando penso em cobranças sociais ou externas.
No entanto, ao falar sobre esse assunto, o que mais interessa é saber de
que forma escutamos as “ladainhas”. Acredito que muitas vezes permitimos que as
cobranças sociais afetem nosso próprio julgamento, seja porque nos
identificamos com elas, seja porque estamos vulneráveis à opinião alheia. O
importante é observarmos porque ficamos tão apreensivos, irritados e
desconfortáveis ao receber a “notificação” de alguém. A forma como escutamos e assimilamos pode fazer uma grande diferença em
nossas vidas.
Percebe-se, então, uma outra forma de cobrança, que nomeio como interna.
Independente das promessas que fazemos no início de ano, existem aquelas que
inventamos durante anos, meses, semanas, dias, horas... Tais promessas
freqüentemente disfarçam-se em cobranças. Mas essas cobranças são pouco
perceptíveis, considerando nossa dificuldade de identificá-las e diferenciar
das externas.
Sabendo que o ser humano é constantemente influenciado pelas cobranças
(internas e externas), é possível, em primeiro lugar, diferenciá-las e
verificar real importância delas na sua vida. Em segundo lugar, que tal fazer
algo para que elas desapareçam ou minimizem?
Sendo nós os principais
cobradores do que devemos ou não fazer, podemos ver as obrigações com menos
rigidez e, a partir daí, colocarmos em prática apenas o que julgarmos saudável
para nós.
Fica a sugestão e não a
cobrança!
Uhu!!! Adorei, Nise. As fotos para ilustrar ficaram ótimas! Keep the good work, sister!
ResponderExcluirQue bom que gostou, Maju!
ResponderExcluir