segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Final de ano

“Eu quero sair... não me sinto bem aqui. Não me sinto bem em nenhum lugar da minha cabeça”. 
Penso que isto pode ser reflexo da retrospectiva do ano de 2013, falei até para uma amiga.  E ela me alertou sobre outra forma de pensar: agradeça pelo que você tem! Nada de lamentar!

Sim, sei que estou vendo o copo “metade vazio” e não “metade cheio”. O que fazer então?

Muitos podem dizer: faça algo, não fique parado! Ocupe sua mente, veja as situações de forma diferente. Entretanto, eu proponho algo diferente e desafiador: não faça nada! Deixe o momento passar, ocupe sua mente com nada... São nos espaços vazios que novas soluções tomam vida. Permita-se ver o que há de errado com você mesmo em um período do dia, e no outro período veja o que há de certo. Nada de se lamentar e colocar-se no lugar de vítima, apenas ter consciência do que está sentindo e vivendo. 

Posso dizer que isso é um aprendizado valioso e usarei em 2014, 2015, 2016...


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A parte de cada um



Um tema que muito me inquieta nas relações humanas é a responsabilidade. Iniciamos um contrato implícito de responsabilidade, à medida em que a intimidade se desenvolve com outras pessoas. Nossa responsabilidade é medida frequentemente por gestos: um telefonema para a mãe quando está viajando, um e-mail a um amigo perguntando como ele está, um bom dia a um vizinho quando encontramos no condomínio, um aceno de cabeça a um desconhecido que cruzamos na rua. 

Tais comportamentos são estabelecidos, em parte, culturalmente e sujeitos à mudanças a partir do convívio em grupos. As responsabilidades podem ser superestimadas ou subestimadas. Ambos os casos, geram desentendimentos, frustrações e cobranças desnecessárias.

Um aluno que se aproveita de seus colegas de turma para obter uma boa nota no trabalho, sem realizar sua parte da tarefa, é exemplo de como fazer pouco caso da responsabilidade. Confesso que passei muitas vezes por situações como essa na escola e até mesmo na faculdade. Hoje, percebo que  muitas dores de cabeça poderiam ser evitadas impondo limites e exigindo que cada um cumprisse sua parte.

Também pode ocorrer uma situação em que a responsabilidade é exigida em excesso e os autores da cobrança sejam nós mesmos. Nesse caso, devemos reduzir nossas responsabilidades, perceber que a nossa parcela foi feita e não podemos "abraçar o mundo". Agora depende dos outros!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

E agora?




E quando achamos que temos tudo (ou quase tudo) encaminhado na vida, mas algum evento muda nosso percurso?
Como reagir? Quais providências tomar?
No primeiro momento, vejo que é necessário parar e refletir sobre como chegamos até aqui. Quais ações tomadas foram benéficas ou não para nós mesmos. Depois recomendo analisar o contexto. Quais fatores externos estão envolvidos na mudança de percurso, e como eles afetaram o mesmo?
Após realizar as duas etapas, encontramos o desafio de traçar objetivos, tomando como base a nossa avaliação pessoal e do próprio contexto.
Será que o que não funcionou anteriormente precisa ser modificado ou devemos persistir na mesma ação? Por um lado, repetir algo que não deu certo pode ser visto como teimosia, por outro, significa superação de limites.
Então devemos escolher um dos lados e seguir adiante, lembrando que a escolha mais assertiva é aquela que nos faz sentir bem, vibrar e crescer mais.



quarta-feira, 6 de março de 2013

Quando achamos que esquecemos...



Depois de um razoável tempo sem escrever no blog, achei pertinente falar sobre esse tema. Imagino que esquecer algo ou alguém possa ser um tanto difícil. Durante o processo de esquecimento esbarramos com frequência em estímulos que evidenciam o que nós queremos esquecer. 


Um cheiro, uma música, um filme, um texto podem trazer à tona pedaços de nossa memória que haviam sido ocultados. É um processo descontínuo, e isso, às vezes, me irrita. Queremos seguir adiante, evoluir em nossas ideias e ações mas as recordações atrasam esse processo. Não é nada agradável iniciar um projeto novo com a sensação prévia de incapacidade.
   
Por outro lado, as lembranças nos orientam em decisões futuras. Uma tomada de decisão equivocada anteriormente pode ser evitada em uma situação semelhante em outro momento. O que não esquecemos pode ser útil também para o nosso progresso.

A verdade é que o nosso acervo de memórias faz parte do dia-a-dia. Esquecê-lo seria tolice, assim como não transformá-lo.