Um tema que muito me inquieta nas relações
humanas é a responsabilidade. Iniciamos um contrato implícito de responsabilidade,
à medida em que a intimidade se desenvolve com outras pessoas. Nossa
responsabilidade é medida frequentemente por gestos: um telefonema para a mãe
quando está viajando, um e-mail a um amigo perguntando como ele está, um bom
dia a um vizinho quando encontramos no condomínio, um aceno de cabeça a um
desconhecido que cruzamos na rua.
Tais
comportamentos são estabelecidos, em parte, culturalmente e sujeitos à mudanças a partir
do convívio em grupos. As responsabilidades podem ser superestimadas ou subestimadas. Ambos os casos, geram desentendimentos, frustrações e cobranças desnecessárias.
Também
pode ocorrer uma situação em que a responsabilidade é exigida em excesso e os autores da cobrança sejam nós mesmos. Nesse caso, devemos reduzir nossas
responsabilidades, perceber que a nossa parcela foi feita e não podemos
"abraçar o mundo". Agora depende dos outros!