quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A parte de cada um



Um tema que muito me inquieta nas relações humanas é a responsabilidade. Iniciamos um contrato implícito de responsabilidade, à medida em que a intimidade se desenvolve com outras pessoas. Nossa responsabilidade é medida frequentemente por gestos: um telefonema para a mãe quando está viajando, um e-mail a um amigo perguntando como ele está, um bom dia a um vizinho quando encontramos no condomínio, um aceno de cabeça a um desconhecido que cruzamos na rua. 

Tais comportamentos são estabelecidos, em parte, culturalmente e sujeitos à mudanças a partir do convívio em grupos. As responsabilidades podem ser superestimadas ou subestimadas. Ambos os casos, geram desentendimentos, frustrações e cobranças desnecessárias.

Um aluno que se aproveita de seus colegas de turma para obter uma boa nota no trabalho, sem realizar sua parte da tarefa, é exemplo de como fazer pouco caso da responsabilidade. Confesso que passei muitas vezes por situações como essa na escola e até mesmo na faculdade. Hoje, percebo que  muitas dores de cabeça poderiam ser evitadas impondo limites e exigindo que cada um cumprisse sua parte.

Também pode ocorrer uma situação em que a responsabilidade é exigida em excesso e os autores da cobrança sejam nós mesmos. Nesse caso, devemos reduzir nossas responsabilidades, perceber que a nossa parcela foi feita e não podemos "abraçar o mundo". Agora depende dos outros!