sábado, 4 de agosto de 2012

Aquele friozinho...




Em tempos de frio como esse em Brasília, acordamos, saímos da cama batendo o queixo, e trocamos de roupa em questão de segundos. Inspirei-me no frio atual para falar de outro frio, aquele friozinho que sentimos na barriga. 

Minha hipótese é de que o famoso friozinho na barriga surgiu quando a primeira criança inventou alguma traquinagem e surpresa com o resultado causado em seu corpo, começou a rir. Depois sentiu vontade de repetir a atividade em busca da mesma sensação. 

Pois bem, uma vez que somos adultos, também surpreendemos com diversas situações e sentimos o mesmo efeito daquela criança faceira. A sensação é acompanhada de um estranhamento, como se algo estivesse fugindo do nosso controle (e realmente está). Após o reconhecimento dessa sensação, passamos pela fase da apreciação, a qual pode ser lenta ou rápida.

Os motivos para o friozinho são diversos! Um presente, o resultado de uma prova, o olhar de uma pessoa desconhecida, o início ou fim de uma viagem, dirigir de carro em uma descida, andar de montanha-russa, apresentar em público e entre outros.

A parte menos observada desse efeito, também chamado de borboletas na barriga (tradução literal do inglês), é o seu fim. Após o efeito, o indivíduo aprecia um momento de satisfação e bem-estar. Em seguida, as atividades voltam ao seu curso normal, como se nada tivesse acontecido. Na verdade, suponho que apenas “fingimos” voltar para nossa rotina, mas lembramos de uma forma distante daquele friozinho gostoso de outrora.

Por exemplo, a simples lembrança do primeiro beijo pode nos suscitar aquela mesma sensação juvenil de descobrir algo novo, e nem precisamos inventar uma máquina do tempo para relembrar o que sentimos naquela época. A imaginação faz a maior parte do trabalho. Seja o friozinho real ou fantasiado, ele nos faz muito bem! Surpreende nossas vidas e nos incentiva a continuar adiante.