sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Receita de Felicidade



Estava refletindo no final de um curso que fiz mês passado sobre um tema que considero muito intrigante: a medida da felicidade. Sim! Porque a felicidade pode ser mensurada e palpável (vejam só!). Quando percebi que podemos mapear os “indicadores da felicidade” achei muito fascinante. Finalmente vou poder discriminar quais comportamentos, ações e atitudes podem proporcionar bem-estar e quais não.

 Identificar quais companhias fazem bem para si próprio e por fim vivenciá-las é uma ação que interfere diretamente na sua felicidade. Até aí, tudo bem! O questionamento surge antes do comportamento descrito. Como saber qual é a medida de felicidade para cada indivíduo?     

  Tal pergunta me provoca uma grande curiosidade. Vivemos em um tempo que o tema felicidade é muito valorizado. Existem revistas, livros, filmes e séries de tv que visam estimular atos diários de bem-estar. Especialistas vêm mapeando o que torna um indivíduo feliz. Pessoas bem realizadas profissionalmente e pessoalmente têm compartilhado suas experiências em grupos. Mas de que forma o indivíduo utiliza esse tipo de informação a seu favor?



Minha resposta a esse questionamento é que simplesmente muitas pessoas não sabem adaptar as informações recebidas para sua própria realidade. Para algumas pessoas ser feliz é alcançar um posto elevado no lugar que trabalha e ser reconhecido por seus pares e superiores. Para outros, ser feliz é viajar e descobrir novas culturas. Ainda há aqueles que sonham em cuidar de sua casa e família e por aí vão diversos modelos de felicidade. Não existe um único certo.

 Sugiro que ao entrar em contato com um exemplo de sucesso e realização, indague se o mesmo está de acordo com seus valores e conceito de felicidade. No mais, não posso dar a receita da felicidade porque senão meu texto não teria utilidade, além do mais, também estou procurando a minha própria receita.
  

sexta-feira, 7 de março de 2014

Ela

         Recentemente, assisti o filme "Ela" ("Her" em inglês) protagonizado pelo ator Joaquin Phoenix e surpreendentemente pela "voz" da atriz Scarlett Johansson (sim, somente sua voz). De forma resumida, explicarei a trama desta história futurista. Theodore vê uma propaganda e resolve comprar o produto oferecido: um sistema operacional (OS em inglês). O sistema apesar de não ser um humano, possui inteligência e sensibilidade de um.
            A cada dia, Theodore se surpreende com as habilidade de seu OS, que por sinal nomeou de Samantha. A partir deste ponto, apresento minhas percepções sobre o filme. Como a presença de um sistema operacional, ou uma "voz", melhor dizendo, pode afetar o humor de um ser humano?
            Enquanto pensamentos negativos e autocríticos habitam nossa mente, a "voz" construída artificialmente aponta uma forma de ver a vida e seus acontecimentos de maneira mais compassiva e madura. Por exemplo, enquanto o personagem principal lamenta por não conseguir dormir devido à diversos pensamentos não produtivos que passam por sua cabeça, a "voz" de Samantha (OS) convence-o de que essas preocupações não são úteis e sugere que ele tome uma xícara de chá para relaxar. Ele, por sua vez,  percebe como essa "voz" o faz sentir melhor consigo mesmo.
            De forma geral, interpreto essa "voz" como uma parte de nós mesmos. Aquela parte que se diverte com pequenas coisas, permite pensar novas ideias, faz companhia a nós mesmos em momentos difíceis e tenta mostrar que a vida não é tão dura. É claro que amigos e companheiros podem exercer tal função, mas nem sempre estaremos perto deles e precisamos contar  com a nossa "voz" diariamente.
            Ao sair da sala de cinema, percebi uma sensação de conforto e alegria. Afinal eu havia descoberto que tinha essa "voz" comigo. E você? Já descobriu a sua?