Estava
lendo a edição especial da revista Superinteressante – 53 conselhos errados que as pessoas dão, e identifiquei um tema a ser
explorado: a aplicabilidade de um conselho. Estou considerando o conselho na
forma mais simples e informal, recorrente em conversas entre amigos, familiares
e conhecidos. A aplicabilidade, por sua vez, seria a utilidade do conselho para
algum aspecto na vida das pessoas que os recebem.
Para
os conselheiros de plantão, aqueles
que adoram participar da vida dos outros e buscar soluções para os problemas, atenção:
seus conselhos, na maioria das vezes, não são aplicáveis para quem está em apuros. Cuidado
também, aconselhados antenados: as dicas que lhe são generosamente entregues
podem não ser úteis a vocês.
Diante
desses alertas, você pode me perguntar: o que faço então com os conselhos que propago e recebo? Já tomando um pouco do meu próprio remédio, respondo: procure orientar a vida dos outros de forma
despretensiosa, não taxativa e sem verdades absolutas. Evite “profetizar”
seus próprios casos bem sucedidos como a única saída para as dificuldades de
outras pessoas. Se ajudar, termine um conselho com a frase: essa é minha
opinião, use-a da forma como achar melhor.
Quanto às informações que recebe,
antes de incorporá-las ao seu modo de pensar, veja se o conteúdo é pertinente
ao seu caso. Não
é apenas porque um amigo fez ou deixou de fazer algo para sentir-se melhor que
as mesmas ações funcionarão para você, uma vez que os dois possuem características
pessoais, vivências e contexto de vida diferentes.
Considerando
minha proposta generalista e sem qualquer tipo de evidência científica, reforço
a importância do uso de outras fontes baseadas em estudos empíricos. Para todos
os efeitos: estou apenas expondo minha
opinião, fique a vontade para aplicá-la da forma que julgar melhor.